quinta-feira, 24 de março de 2011

Bom dia. Bom é uma maneira de dizer, porque começou mal. O meu pequeno-almoço foi 1 kiwi, 1 pacote de bolachas de chocolate inteiro, 1 pão de cereais com manteiga e 2 croissants. E vim a pé para a faculdade.
Deu-me tempo para pensar e cheguei a uma conclusão: vou procurar apoio psicológico. 
Acho que como futura psicóloga tenho ainda mais resposabilidade e obrigação de estar atenta aos sinais e cuidar de mim. Se não estiver bem comigo não conseguirei ajudar os outros. E é óbvio que algo não está a funcionar bem e eu preciso de fazer algo e não estou a conseguir sozinha. Preciso de um apoio sem criticas, preciso de alguém que me ajude a encontrar-me de novo. Tenho medo e quero sair daqui, porque já não controlo. Não são compulsões semanais ou mensais, são compulsões diárias praticamente e, às vezes, mais do que uma por dia. E são os pensamentos constantes em relação ao que vou comer, ao que quero comer, ao que não devo comer, ao exercício que devia, ao que não devia ter comido, às calorias, à minha gordura, ao meu corpo, ao que os outros pensam sobre o meu corpo, ao que podem pensar em relação ao que como ou deixo de comer... Estou cansada e preciso de ajuda.

4 comentários:

  1. Compreendo-te muito bem, sinto-me como tu, também sofro de compulsão. Acho que tomaste uma decisão muito sensata e eu própria já pensei muitas vezes em procurar esse apoio. Simplesmente quero esperar até sair de casa (complicações...). Em que ano estás? Eu acabei recentemente o mestrado, vais ser minha colega :) * Força e não desistas!

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  2. No meu caso é mesmo por se aperceberem e se quererem "meter" que eu estou a adiar... Pessoalmente, acho que por enquanto deves guardar para ti. Quando de facto começares as sessões, logo vês como te sentes e se é importante para ti contar :) *

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  3. Olá. Estive a dar uma "vista de olhos" nos teus posts, e revi-me em tantas situações!De momento, apesar de quereres pesar menos, o teu problema não é exactamente o peso, mas sim a busca de uma estabilidade. Não é fácil acordar a pensar em comida, adormecer a pensar em comida, trabalhar a pensar em comida... e só quem passa por isso, é que entende. Ainda tenho fase dessas, mas considero que estou bem mais estável. Os meus pais entendem o meu problema, e enquanto eu estava em casa deles, pelo menos evitavam comprar coisas doces, mas eu também não me sentia muito bem a limitar o que os outros comiam. Penso que a consulta poderia fazer-te compreender como controlar as compulsões e quando te sentires mais confiante, decidires se queres ou não partilhar a situação. Muita força...

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  4. Fofinha, tens mesmo de pedir ajuda.
    Não é sinald e fraqueza é sinal de coragem pois exige muita coragem admitir um problema e aceitar o facto que nem sempre estamos aptas a resolve-lo sem ajuda. Niguém vai fazer o processo por ti, mas como sabes ter alguém com quem desabafar, que te ajude a arrumar os sentimentos e a cabeça e que te oriente são ajudas preciosas e por vezes necessárias.
    também não deves ter medo de preocupar a tua mãe ao solicitar que te facilite esse processo. mostra-lhe que estás disponível a procurar ajuda e a dar os passos no caminho de melhorar e ela não ficará preocupada, vai ser apenas mais um apoio.
    Há fases assim na nossa vida e ela também sabe disso. Tu estás a trabalhar para a "cura" e isso é melhor do que fazer de conta que não se passa nada e que somos as super-mulheres capazes de resolver tudo sozinhas.
    Eu pedi ajuda o ano passado e foi a melhor coisa que fiz. Permitiu-me descobrir muito sobre o meu método de funcionamento e crescer como pessoa. Deu-me as ferramentas para me tornar mais autónoma no controle dos meus pontos fracos.
    beijocas linda e vou passar a seguir-te.
    Espero boas notícias em breve e conta comigo para te dar apoio e "na cabeça" de vez em quando (hihihi- só no bom sentido)

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