sábado, 16 de novembro de 2013

Ontem foi dia de me sentar com o nutricionista e falar do que se andava a passar neste último mês. De facto, tenho um nutricionista que é um anjo. Acredito mesmo que caiu do céu e tive a sorte de o encontrar. É cuidadoso, muito atento e preocupa-se verdadeiramente com as pessoas. Gosto muito de falar com ele, sinto-me muito apoiada. Não lhe contei exatamente tudo, mas expliquei-lhe que estava a ser um mês difícil, que estava numa fase mais complicada e que tinha voltado a perder o controlo na alimentação. Rimo-nos um pouco, ele falou da experiência dele e de situações que também se passaram com ele. É bom sentir que não estamos sozinhos e perceber que as outras pessoas de facto nos compreendem.

Depois de toda a conversa, pesei-me (mas não vi o peso)... Mais tarde ele disse-me que de facto tinha engordado 3kg (devo estar com 68kg, mais ou menos). Ele foi um querido e disse que apesar disso, olhava para mim e achava-me igual e que não estava com valores fora do normal/saudável. Perguntou-me se queria que fizesse um plano alimentar. Eu fiquei na dúvida, mas pensei, já que vou começar tudo, dar um restart ao processo todo, incluindo as consultas com a psicóloga, posso também tentar um restart nisto. Então tenho um plano alimentar novo adequado para mim. Ele perguntou-me se eu achava que ia conseguir cumprir ou se era um período muito complicado e achava que era difícil agora pensar em cumprir o plano? Eu disse que ia tentar, que não sabia se conseguia, mas podia ser bom ter algo por onde me guiar.
Claro que sabia perfeitamente que não seria por ter um plano que a minha alimentação ia mudar, não senhora. Vou tentar melhorar aos poucos a cada dia que passa até, eventualmente, conseguir cumprir o plano. 
Mas toda a conversa foi boa e fez-me bem, acho eu.

Depois fiz o meu treino novo e também gostei. Acho que a maneira como os treinos estão agora me pode motivar um pouco mais a ir ao gym. Vamos ver. 

Ontem à noite, apesar da pouca vontade, fui aos anos de um amigo, jantar e depois sair. Fiquei contente por ter recusado o bolo (o que foi fácil porque tinha ovo, mas mesmo assim eu às vezes, esqueço-me desses pormenores e como na mesma) e por, apesar de ter bebido, não ter perdido o controlo. Estive sempre bem e consciente. Mas dormi pouco, acordei muito cedo. E se já me tenho sentido sem vontade de fazer nada, hoje ainda mais. Senti-me estranha e só queria estar sozinha e sossegada. Não fui ao gym, de qualquer maneira, com duas horas de sono, não me parece que fosse ser produtivo.

A alimentação foi estranhada também e irregular, mas vou tentar que amanhã melhore e pelo menos faça todas as refeições todas do plano. 

Fiquei contente por ter conseguido fazer algum trabalho (muito pouco) e responder a um email de uma professora. Não posso desistir e tenho de ir dando resposta às tarefas a pouco e pouco e cumprindo o que é esperado. Pelo menos os mínimos.

Entretanto, há uns dias pesquisei alguns centros onde aceitam pessoas para tratamentos de perturbações alimentares. Acho que não vão ser uma opção, pelo menos para já. Mas pronto. Pedi informação a alguns e um deles ligou-me ontem. Foi uma chamada estranha, não estava preparada para algumas perguntas logo na primeira chamada e não me senti confortável com algumas assunções que foram feitas. Muito menos com a ideia de que "ter consultas de 15 em 15 dias ou semanalmente não a vão ajudar em nada, porque é preciso um tratamento mais intensivo, porque estes casos assim, que já duram há algum tempo, é sempre a regredir, não a melhorar, ..." como me disseram. Foi estranho. Também gostei de algumas coisas que foram ditas e obviamente eles parecem ter muito conhecimento destas perturbações, mas... numa primeira abordagem, achei um bocado exagerado.

Para já é assim que estamos.
O que quero fazer amanha?
- Arrumar o quarto.
- Organizar algumas coisas para o estágio e preparar as atividades que vou ter esta semana.
- Ler artigos para a tese.
- Alimentar-me bem
- Correr? Acho que já estou a pedir muito. Se fizer as 3 primeiras, já vai ser muito bom.

4 comentários:

  1. Olá Ni,

    A verdade é que qualquer que seja o tratamento só vai resultar se seguires fielmente tudo o que te indicam. Claro que eu acho que há aí muita coisa que é banha da cobra, no S. João só querem saber se pesares 20kg, mas há muito por onde escolher se tiveres os recursos.

    Parece-me também fundamental ires um psiquiatra, no fundo, eles é que são médicos, ptt podem fazer-te um diagnóstico oficial da coisa e propor-te um tratamento, percebes?

    Depois cabe-te a ti decidir se aceitas ou não...
    Até agora, fizeste o que fizeste e não «resultou». Porque não fazer diferente?

    Um beijinho

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  2. Querida Ni: Eu acho importante teres um plano alimentar porque, decerto, te manterá saciada e desvia-te das tentações. Também acho que precisas de consultas mais regulares de psicologia/psiquiatria nesta fase porque necessitas de falar com quem te compreendes. Já reparaste que quando partilhas esta fase com alguém surges mais motivada do que quando ficas em casa fechada? Desabafa, chora, vai dar uma corrida pequena mas intensa, que te liberte das más energias. Bebe um chá quentinho quando tiveres mais fome/compulsão. Deixa que pessoas de bem te ajudem!
    Tu vais conseguir, vais ver! Um beijão de força*

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  3. Que tudo te corra bem Ni*
    Concordo com o comentário da Vi, acho que é importante teres um plano alimentar (mais uma orientação nunca é demais, mesmo que não o sigas sempre à risca) e teres consultas regularmente. Beijinho :)

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  4. Custa quando nos vemos a engordar e mesmo assim ficamos paradas, não é?
    Mas se estás dentro do padrão normal, já é optimo.
    Sei o que é ter alguém que nos controle...então se tens um nutricionista tão porreiro, melhor!
    Às vezes acho que é isso que me falta...um controlo exterior...e também uma psicologa para me ajudar com esta falta de auto-estima. O problema é que o dinheiro não estica.

    Bem, que seja um recomeço. Para ti e para mim.
    Beijinho e força!

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