Obrigado pelo carinho e preocupação que têm demonstrado. :) Ontem quando a minha orientadora me perguntou se havia alguém com quem eu falasse de tudo o que se passa eu falei do blog, de vocês, disse que era o único sítio em que era completamente transparente.
Hoje foi mais um dia de emoções.
Não consegui ir para o estágio, liguei de manhã a dizer que não me sentia bem e que não ia. Tive sorte que consegui marcar a consulta com a psicóloga para depois de almoço. Claro que a manhã foi passada a olhar para a tv e a comer (sim, fui de novo comprar coisas para comer, uma grande estupidez).
Lá fui para a consulta. Correu bem. Consegui falar de muita coisa e senti-me compreendida. Tudo o que a psicóloga me disse no final fez-me sentido. Basicamente foi isto: Ela disse que o que a preocupa mais não é tanto o comer em excesso, diz que percebe que me preocupe a mim, porque sempre foi uma obsessão minha, mas a ela preocupa-lhe mais a letargia que tenho vindo a sentir já há bastante tempo. Porque antes eu tinha estes momentos de deslize/descontrolo, mas acabava por conseguir dar a volta e desta vez sinto que é mais difícil, não me sinto capaz e demonstro cansaço, falta de energia e pouca vontade para o que quer que seja. Então, ela disse que esta letargia que sinto é comum e é um dos principais sintomas de uma perturbação de humor. E disse que há uma grande relação entre as perturbações do comportamento alimentar e as perturbações de humor, mas que neste momento se torna mais evidente e mais importante resolver a situação da perturbação de humor, que por sua vez me irá ajudar a melhorar também estas questões de alimentação.
A mim fez-me sentido. Sinceramente, já tenho vindo a sentir esta letargia há algum tempo, mas agora manifesta-se mais porque tenho tarefas e compromissos para cumprir, não é? Confesso que quando ela me falou em depressão fiquei um bocado abananada, mas não era algo que estivesse muito longe do meu pensamento. Mas ouvir da boca de um profissional torna sempre a coisa mais séria e mais real.
Então ela disse que havia 3 possibilidades: 1) manter o acompanhamento com ela e simultaneamente optar por um tratameno alternativo, como a acupuntura (com o qual ela já viu resultados, mas pode ser caro); 2) manter o acompanhamento com ela e ir à médica de família para que esta me receite um antidepressivo e 3) voltar a ser acompanhada no Hosp. São João.
Ora, a opção 3 está fora de questão, não quero perder o acompanhamento com esta psicóloga e começar no HSJ porque da última vez não achei suficiente. Entre as outras duas, preferia a opção 1 porque não sou muito de medicamentos, mas não sei se vou conseguir, devido aos custos.
O que é que vocês acham? Conhecem algum sítio onde a acupuntura seja baratinha, mas sejam bons profissionais? Conhecem outros tratamentos alternativos?
Como me sinto com tudo isto? Meia baralhada, confusa, com a cabeça feita num oito. É estranho, mas sinto que pelo menos já dei o primeiro passo, já tenho ao meu lado pessoas que me podem ajudar a retomar o meu caminho.